– Quem é que perde com a guerra? Uma reflexão para além das fronteiras!

– Faaala Viajantes! Quando o assunto é guerra, não existe vencedor! Embora os mapas geopolíticos possam mudar, as manchetes proclamem vitórias estratégicas e interesses sejam protegidos, a verdade nua e crua é que todos perdemos! E para quem vive e trabalha com turismo, cultura e encontros entre povos, essa perda é ainda mais visceral.

Nos últimos anos, os conflitos entre Israel, Palestina e Gaza reacenderam cicatrizes profundas e escancararam uma realidade violenta. Ao mesmo tempo, a Ucrânia luta para manter sua soberania diante da ofensiva russa, enquanto grandes potências, como os Estados Unidos, participam com apoio bélico, financiamento e decisões que impactam o mundo inteiro, é um cenário complexo, doloroso e muitas vezes difícil de compreender mas, acima de tudo, é um cenário que devasta algo essencial: o valor da vida e da convivência.

Quando se trata de conflitos armados como esse que estamos acompanhando, uma pergunta sempre ressurge: será que alguém realmente ganha e/ou quem realmente perde com a guerra?

Como jornalista de viagem, é impossível não pensar no que está sendo destruído além das vidas humanas, cidades milenares, sítios arqueológicos, museus, mesquitas, igrejas e monumentos que contam a história da humanidade estão sendo apagados – em Gaza, não é só uma questão política ou religiosa — estamos assistindo à destruição de mercados ancestrais, praças comunitárias e vilarejos à beira-mar; já em Jerusalém, o turismo religioso convive com barricadas e alertas de segurança; na Ucrânia, cidades como Kharkiv e Mariupol, com suas arquiteturas soviéticas e identidade cultural vibrante, se transformaram em escombros e com isso, o mundo perde um pedaço da sua diversidade.

A destruição do patrimônio da humanidade!

A Terra Santa, como é conhecida mundialmente, para mim só chora de sangue, quem vê de fora, enxerga como o próprio “inferno na Terra”, no qual a cada ano, o que ela carregava de digno, vai perdendo-se em cada centímetro, uma parte viva da história da humanidade: Jerusalém, Belém, Hebron, Haifa, Gaza —as cidades milenares, berço de religiões, tradições e culturas que atravessaram séculos; que contribuíram na formação do mundo e basta “um conflito” para que monumentos sejam reduzidos a escombros, museus queimem, manuscritos desapareçam, o que não é destruído pelo tempo, é aniquilado pelas bombas – um verdadeiro genocídio.

A guerra que silencia vozes e nem deixa vencedores.

A guerra não destrói apenas prédios, ela destrói histórias, afasta visitantes, elimina tradições, apaga memórias, ao transformar destinos históricos em campos de batalha, todos nós perdemos: a chance de conhecer, de ouvir, de sentir – perdemos cultura, beleza, diversidade e a humanidade. Falar sobre viagem é também falar sobre conexão — atravessar mundos, aprender costumes, trocar olhares e reconstruir a fé no coletivo, por isso, é impossível olhar para os conflitos atuais sem lamentar não apenas a morte e a dor, mas o apagamento de possibilidades. A cada bomba lançada, não é apenas um prédio que desaba — é um futuro de convivência que também rui.

A perda mais evidente é a humana: vidas interrompidas, famílias desfeitas, infâncias roubadas; é tão glorioso assim dizer que participou de uma guerra, para mostrar que serve um país, deixando família, filhos para trás, vivendo um dia após o outro sem saber se chegará em casa vivo, se chegará e quando muito, volta mutilado com traumas no qual um Governo não te ampara depois, só uma leve batidinha nas costas e uma foto no jornal, enquanto o soldado trás todas as suas dores e resquícios de violência para sua família que provavelmente há anos não via. Como se gera vínculo humano e amor, após tanto tempo como um período pós-guerra?! São realmente vencedores?

O impacto invisível no turismo e na cultura.

Fica difícil até para o mercado do qual trabalho: o turismo! Viajar por essa região não é apenas uma experiência turística — é um mergulho profundo nas raízes da civilização e quando esses destinos se tornam zonas de guerra, o mundo perde parte de sua memória.

A indústria do turismo, que tanto movimenta economias e valoriza tradições, desaparece em cenários de conflito: a hospitalidade, que é traço marcante da cultura árabe e judaica, se esconde sob medo e incerteza; o viajante que sonhava em caminhar pela Via Dolorosa ou contemplar o pôr do sol em Jaffa precisa recuar, companhias aéreas cancelam voos, como vimos nas últimas semanas e agências de viagem de todo o mundo, perdem roteiros inteiros.

Mas há também uma perda simbólica, difícil de quantificar – guerras silenciam vozes, isolam povos, apagam narrativas, estou escrevendo aqui do conforto da minha casa, mas guias turísticos se tornam refugiados, restaurantes familiares fecham suas portas, mercados vibrantes se tornam ruas desertas, as vozes que antes contavam a história da sua terra agora ecoam entre sirenes e escombros.

Quem perde com a guerra somos todos nós e sem o turismo, perde-se também o intercâmbio humano! Perdem os viajantes que jamais verão algumas paisagens como eram antes, perdem os povos que não podem contar sua própria história, perde o mundo quando a cultura vira alvo! Perde-se a esperança, quando crianças crescem achando que o “inimigo” mora do outro lado da rua ou do outro lado do mar, aquela conversa casual com um comerciante, a refeição compartilhada em uma casa local, a emoção diante de um local sagrado — tudo isso se torna inacessível. Todos perdermos!

💬 #RôProMundoA fé nas pessoas é a maior vítima! A mais silenciosa e irreparável pois a confiança no outro, a crença de que somos capazes de viver com diferenças, de negociar, de conviver em paz inexiste numa guerra, ela fere a humanidade não só nos corpos, mas também nas ideias, ela enfraquece pontes, fecha fronteiras e semeia o medo. Considero ser a maior perda “invisível” de todas, pois a esperança de que o ser humano, apesar de suas diferenças, possa coexistir, aprender e evoluir desaparece, quando vizinhos se tornam inimigos e crianças crescem em meio ao ódio; perde-se algo que nenhuma reconstrução pode recuperar tão facilmente: a confiança no outro, causando represálias por conta de um idioma, religião, costume, vestimentas, crenças, comida e literaturas diferentes. É essa fé, essa ponte silenciosa que une culturas e acolhe viajantes, que se rompe primeiro em tempos de guerra e quando isso acontece, a dor ultrapassa fronteiras — ela alcança todos nós.

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