– Faaala Viajantes! Viajar é para muitas mulheres, um ato de liberdade. É sair do lugar comum, encontrar-se no desconhecido, reinventar-se a cada paisagem nova, para quem escolhe colocar a mochila nas costas e seguir estrada afora, cada passo representa mais do que deslocamento: é afirmação de identidade, coragem e autonomia, por isso, quando uma viajante tem seus sonhos interrompidos, é como se fôssemos todas nós.
A dor de perder uma mulher em meio a uma jornada não é apenas um lamento individual, ela reverbera em todas as que sonham, planejam e se lançam ao mundo com mapas, cadernos e coragem, porque há, entre nós, uma irmandade silenciosa, mesmo sem nos conhecermos, nos reconhecemos!
Dividimos os mesmos medos, encantamentos e vontades, sentimos, em cada partida, a esperança de encontrar algo que nos transforme e quando a jornada de uma de nós é interrompida de forma trágica, sentimos também a ferida coletiva daquilo que foi impedido de acontecer; em um mundo que ainda nos impõe fronteiras visíveis e invisíveis, o simples ato de viajar enquanto mulher é um gesto político, não raro somos alertadas, questionadas, julgadas e diante disso, seguir em frente é, por si só, uma forma de resistência mas quando uma dessas histórias é interrompida, não é só um destino que deixa de ser alcançado, é um silêncio que se impõe sobre o desejo, é um corte súbito na narrativa de quem buscava escrever sua própria história em tempo real.
Viajar é, antes de tudo, um ato de coragem!
Ser mochileira, nômade, aventureira, viajante é abraçar o desconhecido, é viver com o essencial nas costas e o coração cheio de vontade de ver o mundo com os próprios olhos, quem sonha em explorar novos países, culturas e caminhos sabe que há uma magia única em cada estrada, em cada pôr do sol visto de um lugar diferente, mas é importante lembrar: nem toda viagem será feita de bons encontros ou paisagens deslumbrantes, haverá imprevistos, perdas, frustrações, desencontros e até momentos de medo; a estrada nem sempre oferece finais felizes — e essa também é uma parte real da jornada. Ainda assim, seguimos! Porque ser viajante é aceitar o risco do inesperado em troca da chance de viver histórias que transformam, não é sobre colecionar destinos perfeitos, mas sim memórias verdadeiras e mesmo nos dias difíceis, vale lembrar: o sonho de conhecer o mundo continua sendo um dos mais bonitos que alguém pode ter.
💬 #RôProMundo – Precisamos, então, lembrar e honrar essas caminhantes, suas vidas não se limitam ao fim abrupto, mas ao que deixaram enquanto estavam em movimento, aos encontros que provocaram, às inspirações que semearam, às escolhas que fizeram com bravura, precisamos continuar andando também por elas, levando suas histórias conosco, alimentando nossos próprios sonhos com a força das que vieram antes, porque quando uma viajante parte, nos cabe seguir, com cuidado, com escuta, com memória, reafirmando que os sonhos não se encerram — eles apenas mudam de forma e de direção e enquanto houver mulheres dispostas a viver o mundo com intensidade, haverá também caminhos abertos por todas que, um dia, ousaram partir.