– Faaala Viajantes! Hoje percebi que meu pequeno canto de trabalho, improvisado no início da pandemia, acabou se transformando em um verdadeiro porto seguro, porque é nele que concentro minhas aulas de artes, meus roteiros de viagem e minha busca por novas narrativas em um mundo que parece suspenso. Enquanto preparo meu café e abro o notebook, penso em como esse espaço, antes apenas funcional, ganhou vida própria e passou a ser um laboratório criativo onde as ideias circulam apesar das fronteiras fechadas.
Durante a manhã, tive reuniões virtuais para alinhar conteúdos que serão publicados no blog nas próximas semanas, e senti que, mesmo à distância, é possível criar conexões potentes. Ao conversar sobre experiências de viagem e sobre os lugares que queremos revisitar quando tudo passar, percebo que a escrita não depende apenas do movimento físico, mas da capacidade de transformar percepções em histórias, porque viajar é também um exercício de olhar.
Entre uma aula online e outra, reorganizei materiais, revisitei rascunhos e revisei fotos de viagens passadas, porque a memória visual tem sido uma aliada poderosa neste período. Essa revisão constante me ajuda a enxergar detalhes antes despercebidos, o que fortalece meu processo criativo e alimenta novos artigos sobre turismo, arte e cotidiano. E simultaneamente, sinto que os alunos se beneficiam desse resgate poético, uma vez que a arte também os convida a interpretar suas próprias experiências.
À tarde, mergulhei na escrita de um texto que aborda como os profissionais de turismo estão lidando com a paralisação, e ao reunir relatos e dados, compreendi que há uma força silenciosa circulando entre aqueles que constroem viagens e experiências. Porque, mesmo separados fisicamente, compartilhamos uma espécie de esperança coletiva, que se manifesta em pequenos gestos, projetos colaborativos e vontade de reconstrução.
💬 #RôProMundo – Fecho o dia agradecendo por esse cantinho que, mesmo pequeno, me acolhe diariamente e me lembra que criatividade e adaptação caminham juntas em momentos difíceis. E embora o mundo lá fora ainda esteja quieto, aqui dentro sigo viajando pelas palavras, pelas memórias e pelos futuros possíveis que já começam a se desenhar nas entrelinhas.











