– Faaala Viajantes! Hoje despertei com aquela sensação de que todos os dias estão se parecendo demais, mas decidi transformar essa repetição em matéria-prima, porque, mesmo dentro de casa, ainda existem pequenos instantes capazes de renovar meu olhar. Enquanto arrumava o cenário para as aulas online de artes, percebi que a luz da manhã atravessando a janela criava sombras curiosas, e assim encontrei o primeiro sinal de que a criatividade pode surgir até nos momentos mais silenciosos.
Passei a manhã revisando pautas, organizando ideias e replanejando conteúdos que dialogam com turismo e cultura, e senti que, embora o mundo esteja parado, a escrita continua se movendo. E quando recebo mensagens de leitores comentando artigos antigos e perguntando sobre destinos que pretendem visitar no futuro, lembro que o desejo de viajar segue vivo, mesmo que adormecido. Essa troca contínua acaba nutrindo minha motivação, porque percebo que meu trabalho ainda alcança e inspira pessoas.
Entre uma atividade e outra, dei início a uma nova proposta para meus alunos: criar pequenas narrativas visuais a partir do que observam em suas próprias casas, porque compreendi que a arte precisa estar ao alcance do cotidiano, e não apenas de grandes experiências externas. E enquanto acompanhava o progresso deles, sentia que ensinar também é uma forma de me conectar ao mundo, já que cada criação reflete um pedacinho daquilo que estamos vivendo juntos, apesar das telas.
À tarde me dediquei à escrita de novos esboços, buscando transformar aquela sensação de monotonia em reflexão profunda, e assim percebi que há beleza até na repetição, porque ela nos obriga a observar o que antes passava despercebido. E foi justamente ao revisitar memórias de viagens que encontrei a fluidez para continuar produzindo, ampliando a percepção de que criatividade é menos sobre lugares e mais sobre presença.
💬 #RôProMundo – Termino o dia com a certeza de que, mesmo quando tudo parece igual, sempre existe uma brecha para reinventar o olhar, e talvez seja isso que mantenha minha rotina tão cheia de descobertas. Porque, enquanto escrevo e ensino, sigo viajando por dentro e por fora, ainda que temporariamente do lado de dentro de casa.











