– Faaala Viajantes! Com o amadurecimento das redes sociais e a profissionalização do marketing de influência, a produção de conteúdo se tornou cada vez mais planejada, roteirizada e estratégica, para quem trabalha com blogs de viagem, essa transformação trouxe ganhos em qualidade e consistência, mas também um efeito colateral inevitável: a perda da espontaneidade — o conteúdo espontâneo, aquele que nasce de uma experiência vivida no momento, de uma emoção real diante de um pôr do sol ou de uma conversa inesperada com um local, parece cada vez mais raro na rotina de quem precisa publicar com frequência e atender demandas comerciais.
Hoje, a espontaneidade compete com algoritmos (infelizmente), é preciso pensar em palavras-chave, engajamento, conversão, formatos que performam bem, horários ideais de postagem, publicar uma foto porque ela é bonita ou um texto porque foi sentido no coração se tornou um luxo para muitos criadores de conteúdo (porque vocês acham que eu vim pro blog?), há uma pressão invisível para que tudo tenha um propósito mensurável, e isso acaba afastando a leveza do cotidiano.
Além disso, existe o receio de expor vulnerabilidades ou momentos mais íntimos, a espontaneidade pressupõe um certo risco: o risco de não agradar, de não “viralizar”, de parecer amador, porém, é justamente nesses momentos de verdade que o público costuma se conectar mais profundamente, a autenticidade, ainda que mais difícil de medir, continua sendo uma das qualidades mais valiosas de qualquer criador de conteúdo.
💬 #RôProMundo – Para resgatar a espontaneidade, talvez seja necessário repensar o tempo. permitir-se publicar algo fora do cronograma, escrever um texto sem pensar no SEO, mostrar um bastidor real sem filtros, afinal, nem tudo precisa ser impecável, a viagem, como a vida, é feita de imprevistos, de dias sem roteiro, de falas desconexas e é aí que mora o que há de mais humano na criação de conteúdo; criar de forma espontânea hoje em dia é, sim, mais difícil, mas não impossível! Exige coragem, intuição e, principalmente, espaço para o imprevisível, é nesse espaço que o conteúdo mais verdadeiro pode nascer.