– Faaala Viajantes! Quem lê este blog aqui nem imagina que eu vivo em casa cercada de planos de aulas, livros e trabalhos escolares.
Durante anos, minha rotina como professora de Artes foi marcada por pincéis, livros de história da arte e a busca constante por despertar nos alunos o interesse pela estética, pela cultura e pela expressão.
Mas foi justamente nesse processo de ensinar que descobri uma inquietação profunda dentro de mim: a vontade de vivenciar na prática aquilo que eu mostrava em slides, vídeos e imagens de livros didáticos. E foi assim que a professora de Artes começou a se tornar também uma viajante apaixonada.
A arte, para mim, sempre foi uma ponte, em que ela conecta tempos, culturas, sentimentos e territórios; ao falar sobre Frida Kahlo, por exemplo, me imaginava caminhando pelas ruas do México. E ao explicar o modernismo brasileiro, desejava sentir a energia de São Paulo dos anos 1920, meus alunos ficavam olhando pra mim sem entender mas a cada aula, minha mente viajava – e isso despertou em mim a necessidade de transformar essas viagens internas em experiências reais.
Comecei a entender que viajar poderia ser uma extensão da minha prática como educadora, não seria apenas sobre conhecer museus famosos ou tirar fotos diante de obras icônicas, era sobre absorver contextos, ver de perto os cenários que influenciaram artistas, experimentar a cultura que moldou determinados movimentos artísticos e trazer essas vivências de volta para a sala de aula.
💬 #RôProMundo – Hoje, quando olho para minha trajetória, percebo que me tornar professora de Artes foi o que despertou minha vontade de conhecer o mundo. E que, ao viajar, volto ainda mais rica para a sala de aula – com histórias, experiências, referências visuais e, acima de tudo, com a certeza de que ensinar e viajar são dois caminhos que se entrelaçam e se fortalecem mutuamente.