– Faaala Viajantes! As malas estavam prontas, os roteiros organizados, os e-mails com últimas confirmações enviados, eu nem imaginava que aquele seria o último tour da temporada — e, por um bom tempo, o último tour da vida real.
O turismo, um setor acostumado a estar em movimento constante, parou. Como um avião que pousa às pressas por causa de uma tempestade inesperada, fronteiras fechadas, voos cancelados, hotéis vazios e com isso, a sensação de um mundo que não sabia mais pra onde ir.
Para quem vive disso, o impacto foi mais do que profissional — foi emocional. Vi colegas guias sem saber como pagar as contas, agências demitindo em massa, clientes tentando remarcar, pedir reembolso, entender o que estava acontecendo, era como assistir a uma grande peça de teatro onde as cortinas se fecharam no meio do ato. A pandemia escancarou a fragilidade do setor, mas também revelou algo bonito: a força das conexões.
Clientes enviando mensagens de apoio, parceiros de viagem tentando se reinventar juntos, profissionais trocando ideias online, criando experiências digitais, estudando — mesmo sem saber quando poderiam aplicar aquilo de novo.
💬 #RôProMundo – Naquele momento, tudo parecia incerto, mas uma coisa eu sabia: a paixão por viajar, por contar histórias, por conectar pessoas a lugares, nunca iria embora e mesmo com os destinos fora de alcance, o espírito viajante estava mais vivo do que nunca — em mim e em quem sonhava com o dia de voltar a explorar o mundo.