– Faaala Viajantes! Hoje o dia começou devagar, pela primeira vez em muito tempo, aceitei que poderia não produzir nada. Apenas observei, o céu estava nublado, tinha cheiro do café vindo da cozinha e um som da casa ao lado, tudo parecia mais audível, como se o mundo estivesse tentando falar mais baixo para que escutássemos de verdade.
Como professora, mandei mensagens curtas aos meus alunos, perguntando como estavam, quase todos responderam com áudios, mais longos do que o habitual, parece que queriam conversar, contar de si e percebi que a escuta é a ferramenta mais poderosa agora, mais que qualquer aula, mais que qualquer conteúdo.
Assisti a um documentário sobre viagens de bicicleta pela América do Sul, acreditam que eu chorei! Não pelas paisagens, mas pela liberdade que aquilo representava, depois fechei os olhos e lembrei de quando estive sozinha em uma estrada do sertão, sentindo o vento seco e o silêncio cortante, gente, a saudade de viajar é física, mas entendi que a espera também é uma travessia.
💬 #RôProMundo – No blog, escrevi uma pequena crônica chamada “O que carrego quando tudo para”. Está lá, como um respiro, sei que muitos vão lê-la sem pressa e talvez seja isso que eu mais desejo agora: que as palavras sejam vividas como se caminha por uma cidade desconhecida, com curiosidade, mas sem correr.